quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Equipamento x viagem

Todo entusiasta sabe o drama que é a escolha do equipamento a ser levado em uma viagem. A tentação de levar várias lentes e câmeras, tripé e filtros é grande. A verdade é que, na maior parte das vezes, acabamos, enquanto fotógrafos-turistas, não usando metade do que levamos e ainda temos que ficar carregando a tralha toda pra lá e pra cá.
Há alguns anos fiz isso numa viagem a Praga. Não fiquei carregando a bolsa com tudo dentro o tempo todo,  mas acabei mesmo não usando tudo o que levei. Em viagens subsequentes aprendi a filtrar de acordo com o destino. Vou ilustrar meu ponto. Estamos - eu e minha melhor metade - organizando nossas férias para setembro. Vamos para Porto de Galinhas, PE. A tentação de levar várias lentes é grande, sempre. Veja: eu tenho uma 10-20mm, uma 24-70mm (que é a que mais tenho utilizado em virtude de sua abertura máxima de f/2.8), uma 70mm (f/2.8 com macro), a multiuso 18-250mm (todas SIGMA) e a única Canon, a já anciã 75-300 com estabilizador.
Se antevejo a possibilidade de passeio em local histórico, por exemplo, com ruas apertadas, não tenho dúvidas e enfio a 10-20mm na mochila. Na maioria das situações a 24-70 ou a 18-250 dão conta. Minha EOS 400D - Rebel XT alguma-coisa-que não-me-importa, no Brasil - tem fator de corte de 1.6.
Estou apenas ilustrando, essa não é minha câmera, que está mais bem conservada
e com uma alça de neoprene
Isso dito, temos que a 18-250 corresponde a 28,8-400mm, em relação ao formato 35mm das câmeras de filme ou das digitais com sensor full size. Não é grande coisa, mas a grande angular ainda é melhor que a maioria das point-and-shoot, que normalmente começam em 35mm. Tudo isso pra dizer que, numa viagem à praia, com muito landscape e pouca necessidade de grande angular, a 18-250mm - que aliás conta com estabilizador óptico - dá e sobra e de quebra ajuda a reduzir o peso na mochila.
Vou levar minha Powershot 3100 também.
Meu case não é igual a este, mas similar
Por que levar duas câmeras, você pergunta? Bem, estou prevendo boas fotos dentro e fora d´água. Como tenho um case de submersão para câmera compacta,   levo a Powershot para as fotos mais radicais. Além do mais, tem aquele lance da câmera de back-up (vide post mais antigo sobre o assunto).
E o que mais? Ora, filtros, incrédulo leitor. O polarizador deve estar sempre à mão, principalmente porque ele funciona como um excelente ND (densidade neutra), exceto pela necessidade de estar posicionado corretamente em relação ao sol. Um ND graduado também faz parte do arsenal para aquelas fotos de aurora ou de por-do-sol.






Aí vem a dúvida das dúvidas: se vou levar filtros para aurora e por-do-sol, terei que levar tripé também, não? Sim. As chances de você, iluminado leitor, conseguir um apoio decente para essas fotos não são lá muito grandes, o que justifica levar o dito equipamento. Dependendo do tamanho e peso dele, fica complicado levar, principalmente se você, como eu, estiver pensando em viajar com pouca bagagem. E de avião...
Minha escolha de equipamentos sempre acaba em minúcias. acessórios de limpeza, incluindo vários paninhos de microfibra, spray para limpeza de lentes ou panos umedecidos sem aditivos, pincel e Lens-Pen®. Ter um saco plástico ou estanque de bom tamanho ajudar a proteger a câmera na eventualidade de uma chuva inesperada. O resto é o de praxe: carregadores de baterias, cabos, etc. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário